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A Arma de Raios Mortais, por Ricardo Goulart - SteamPunk
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dez 19 2008

A Arma de Raios Mortais, por Ricardo Goulart

A montagem abaixo foi feita por Ricardo Goulart, Ilustrador, morador do Rio de Janeiro, que graciosamente enviou-a para o Conselho SteamPunk como contribuição.


“O Imperador e a Máquina de Raios da Morte”, por Ricardo Goulart

Dom Pedro II

Dom Pedro II era um homem ilustrado e um apaixonado pelas inovações dos homens da ciência, invenções, escritores de ficção científica e instituições correlatas.

A ilustração de Ricardo Goulart faz mais sentido do que pode parecer, uma vez que, a 1858, Dom Pedro II mantinha correspondência com personalidades importantes como Nietzsche, Emerson, Lewis Carrol e Julio Verne, sendo amigo pessoal de Victor Hugo e do grande astrônomo Camille Flamarion.

Dom Pedro II foi o responsável pelas melhorias e reorganização do Observatório Nacional, que acabou sendo considerado importante centro de pesquisas, o que deixou evidente o interesse do imperador pela astronomia.

Se não encontrou Tesla, Dom Pedro II bem que gostaria de tê-lo encontrado, uma vez que foi o primeiro Brasileiro a fazer uso de um telefone, em 1876, quando da exposição do aparelho, na Filadélfia, por Alexander Graham Bell.

Pedro II foi, inclusive, financiador do engenho, divulgando o invento, sabidamente tendo citado Shakespeare através do dispositivo dizendo “Ser ou não ser”, para depois exclamar, “Esta coisa fala!”

Nikola Tesla e A Arma de Raios Mortais

Já o envolvimento de Nikola Tesla (biografia) com a Arma de Raios Mortais remonta a 1893, depois de suas pesquisas acerca do Gerador Eletrostático de Van de Graaff, que usava uma cinta geradora de alta voltagem, Tesla começou a fazer uso do mesmo conceito para gerar cargas colossais, substituindo a cinta por uma corrente de ar ionizada para repelir micro-bilhas de tungstênio.

A evolução do conceito acabou se transformando no projeto de um Gerador Eletrostático gigantesco que se utilizava de suas turbinas para acelerar reduzidas partículas de mercúrio até que estas se transformassem em uma torrente de projéteis carregados eletricamente com milhões de volts.

Tesla tentou comercializar sua invenção, primeiramente oferecendo-a aos ingleses por cerca de três milhões de dólares e, posteriormente, oferecendo-a a Liga das Nações sem sucesso, conseguindo vender a arma para a União Soviética, finalmente, por vinte e cinco mil dólares – mas jamais entregando-a.

Em suas palavras, “A arma envia feixes concentrados de partículas através do Éter, carregadas com tamanha energia que é capaz de aniquilar uma frota de dez mil aeroplanos inimigos a uma distância de 250 milhas das fronteiras nacionais, e sendo capaz de causar a obliteração de um exército de milhões em meio a um ataque”.

Antes de se tratar de uma arma de ataque, contudo, a idéia do inventor era, segundo ele, que “Esta invenção inviabilizasse as guerras. O Raio da Morte cercaria cada país com uma barreira invisível completamente impenetrável. Isto tornaria, portanto, impossível o ataque de uma nação por aeroplanos ou invasões de grande escala com exércitos.”

Há controvérsias quanto a Tesla ter ou não construído a arma, mesmo tendo trabalhado no conceito por mais de 30 anos, mas em evento em sua honra, aos 81 anos, Nikola Tesla falou sobre o assunto, afirmando que “Não se trata de um experimento… Eu a construí, demonstrei e usei! Preciso de pouco tempo para entregá-la ao mundo.”

“Death Ray” For Planes
The New York Times – 22 de Setembro de 1940

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Bruno Accioly
conselho@steampunk.com.br

Co-fundador do Conselho SteamPunk, Bruno Accioly é diretor da dotweb - empresa que faz a infra-estrutura de internet da organização - concebeu a iniciativa aoLimiar.com.br, é fundador da Sociedade Literária Retrofuturista e autor de "Crônicas Póstumas".