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Os Bastidores de Arcane Sally & Mr. Steam: Entrevista com Jefferson Costa - SteamPunk
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out 27 2018

Os Bastidores de Arcane Sally & Mr. Steam: Entrevista com Jefferson Costa

Estamos entrando na reta final da campanha do CATARSE para a edição nacional do quadrinho Steampunk Arcane Sally & Mr. Steam, ilustrado por Jefferson Costa, da Graphic MSP: Jeremias – Pele, A Dama do Martinelli, e La Dansarina (além de ser o ganhador de três troféus HQmix!).

Se você não sabe sobre o que se trata o quadrinho, poder ler nesse artigo aqui.

Se você não apoiou o projeto, ainda dá tempo! A campanha vai até o dia 05 de Novembro.
Saiba mais sobre a campanha em sua página no CATARSE, ou nesse post.

 

Enquanto isso, o Jefferson nos deu uma rápida entrevista que quem gosta de Steampunk, ou de quadrinhos, ou ainda dos dois, e por consequência, se interessou em Arcane Sally & Mr. Steam, pode aproveitar bem.

Então, sem mais demora, vamos à entrevista!

 

Como surgiu o projeto de Arcane Sally & Mr. Steam?

JEFFERSON: Através do Shane Amaya, roteirista e editor americano que fez varias parcerias com conhecidos artistas brasileiros, acabei por conhecer o roteirista  de Arcane Sally, o David Alton Hedges. À principio iríamos fazer outro projeto de HQ, iniciamos o desenvolvimento, mas depois de alguns meses ele me manda o roteiro de Arcane Sally, completamente apaixonado por esse novo projeto, e propôs a mudança… desde então as atenções se voltaram para esse universo steampunk vitoriano

Você já era familiar com Steampunk antes do início do projeto? (Se sim, quais são as produções dentro do gênero que mais gostava).

JEFFERSON: Na verdade  não muito, a não ser por Hellboy, em HQ nenhum outro em especial, lembro de algumas versões de batman com Mignola,  da liga da justiça… aventuras especiais  fora do convencional…ah, lembro de uma hq do doutor Jekyll e mister Hyde dos espanhóis Santiago Garcia e Javier Olivares (muito impactante para mim, arte linda).  Agora, nas telas do cinema os filmes do Sherlock Holmes, Liga Extraordinária, James West, O lar das crianças peculiares, Planeta do Tesouro e Atlantis… e a serie Penny Dreadful.

 

As sequências Arcane Sally & Mr. Steam, as divisões de quadros, a ação, são muito dinâmicos. Mesmo os momentos mais contidos são muito vivos. O roteiro era específico sobre essas coisas, pelo roteiristas trabalhar em cinema, ou você teve uma liberdade maior para criar os visuais e atmosfera das cenas?

JEFFERSON: Liberdade total. O roteiro não é específico e controlador. A dinâmica da narrativa é minha… claro que sempre conversamos para encontrar a melhor solução.

 

Sobre o processo de criar o visual dos personagens, cada um é bem distinto, com silhuetas, figurinos, e cores imediatamente reconhecíveis, Levou muito tempo para chegar a versão final de cada um deles?

JEFFERSON: O projeto já teve alguns visuais diferentes. Levou um tempo sim para chegarmos no visual atual.

Arcane Sally & Mr. Steam é uma HQ que apresenta um steampunk sem jogar as convenções visuais do gênero na cara da audiência, sem clichês como “goggles em cartolas”, ou espartilhos fora de contexto, que é algo que as vezes acontece em quadrinhos steampunk publicados fora do país, e nem sempre resultados agradáveis aos olhos. Como você decidiu dosar o steampunk no quadrinho para que ficasse na medida correta?

JEFFERSON: No inicio, o visual estava mais próximo dos clichês, e isso nos incomodava… fomos limpando, e escolhendo ficar mais com referencias de época mesmo que trouxe a naturalidade que procurávamos.

 

Ainda no mesmo assunto, todo o visual “de época” da HQ é bem característico e marcante, mas ainda verdadeiro à estética daquela época. Você usou referências reais históricas (arquitetura, cenários, roupas) e os traduziu para o seu estilo, ou criou eles do zero, tendo em mente a estética do século XIX?

JEFFERSON: Sim… sempre com referencias da época. Talvez a adaptação ao meu traço traga esse visual mais marcante, que ajuda a definir a identidade de Arcane Sally.

 

Quais você diria que são suas maiores influências?

JEFFERSON: Flavio Colin, Mignola, Javier Olivares, Bruno Dangelo, Marcelo Campos, Alex Toth,… são tantos.

O quanto você já sabe do rumo que a história de Arcane Sally & Mr. Steam vai tomar? A história já está definida até o fim, ou ainda tem coisas que são um mistério, mesmo pra você?

JEFFERSON: Sei tudo… o roteiro chegou pronto.

Pode dar alguma dica sobre o que ainda tem para acontecer no quadrinho?

JEFFERSON: Serão 10 capítulos… nesse primeiro arco publicado foram os 3 primeiros, acabei de desenhar o quarto capítulo… logo chegando ao meio do caminho. Tem muita coisa pra acontecer.

 

O seu trabalho com Arcane Sally & Mr. Steam te levou a conhecer outras coisas dentro do gênero (steampunk) que não conhecia?

JEFFERSON: Ah, na verdade não procuro conhecer outras hqs do gênero, por exemplo, para que não interfira na visão que tenho da HQ. Quando ela estiver concluída, aí sim  quero ver muita coisa… pode me indicar algumas.

O que você acha da produção de material steampunk situado e adaptado para um contexto brasileiro? É algo que consideraria fazer como trabalho autoral após Arcane Sally & Mr. Steam?

JEFFERSON: O Steampunk não fica preso a Inglaterra Vitoriana, … se já foi para o velho oeste, para cidades fictícias e até pro espaço, porque não no Brasil?  Confesso já ter feito estudos de algo assim

Por fim, em suas próprias palavras, como você definiria o steampunk?

JEFFERSON: Via muito preso as referencias estilizadas da era Vitoriana tecnológica. Hoje vejo mais como um universo de tecnologias anacrônicas… qualquer fantasia e distopias podem flertar com steampunk.

 

A campanha do primeiro volume de Arcane Sally & Mr. Steam no CATARSE vai até dia 05 de Novembro, e você pode conferir mais sobre ela e suas recompensas AQUI.

 

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Karl Felippe
Karl@steampunk.com.br